domingo, 28 de dezembro de 2008

Muitos pensamentos em uma língua que ninguém entende por aqui.

Eu sei que isso vai ser bom, que viajar, ficar longe de todos e principalmente dele vai me fazer bem. Eu ja tive medo das consequencias dessa viagem, mas agora acho que elas vão ser muuuito boas.

Aí ele diz pra eu voltar. Eu dou risada, finjo que gostei, mas não entendi se era pra lá,pra ele, pra algum momento. Talvez ele diga isso pra todas,né? Talvez. Não sei, ele não parece ser desse tipo, mas, isso é só minha opinião,entende? Ele não é o que eu acho que ele seja, pode até ser,mas ele é ele e eu estou cansada de tentar adivinhar isso.

Nossa, esse lugar tá uma bagunça. Nossa, eu tô uma bagunça. Ai, cala a sua boca,não tem ninguém te ouvindo, muito menos falando contigo. Mas você entende né? Eu sei que eu não devia estar pensando nisso, muito menos pensando nele, é óbvio que ele não tá pensando em mim. Ah, mas em pensamento se pode tudo, em pensamento e em sonho. Eu odeio quem censura os pensamentos, mas eu queria poder censurar os meus.

Será que isso é a campainha? Telefone? Seja lá o que for,parou.

Eu devia saber que tudo ia ser assim, eu não devia ter deixado acontecer, mas eu queria que acontecesse. Não era de hoje, você sabe. Cara,com quem eu acho que estou conversando? Por mais que tenha gente aqui, ninguém me entende. E também ninguém parece se importar. Bom, agora já foi, o que me resta é parar de pensar nisso, pegar outro chá e mais um muffin de blueberry e ir passear. Mas tá frio. Eu sabia que devia ter trazido minha bota preta. Talvez seja melhor comprar uma. É, parece que só a palavra comprar já me anima. Não sei fazer a conta de quantos dólares são 6000 nts. Acho que divide por 32 ou por 30, depende. DROGA. Ái, falei em voz alta.

Agora um chinês estranho me olhou e ,por um milagre, ele não sorriu. É engraçado, todo mundo sorri pra mim aqui. Principalmente os vendedores.

Eu resolvi parar de pensar no que ficou aí, resolvi começar de novo, resolvi que se eu estou longe do mundo, minha cabeça também deveria ficar. Pelo menos longe do meu mundo ou do mundo dele, do nosso, sei lá. Olha, tô pensando de novo. CACETE- falei em voz alta de novo.

"oi? você fala português?"

domingo, 14 de dezembro de 2008

Quantas saudades eu senti e de tristeza(e Dom Casmurro) vou vivendo...



Depois de ler quase três vezes Dom Casmurro, assistir a um julgamento meio fake da Capitu, assistir a um filme baseado na obra, assistir a uma minissérie sobre ela e ler "Quem é Capitu?"(indispensável pra quem ama Dom Casmurrro) eu conclui que de todos os personagens de todas as histórias que eu conheço, ela é minha favorita. Não sei explicar direito porque eu prefiro a Capitu à Cinderella, ao Bambi ou a Legalmente Loira, mas eu tenho uma teoria. Acho que eu e essa aí da foto e arrisco dizer TODA mulher, tem um pouco de Capitu. Aos que acham que ela traiu, não leiam mais. Obrigada pela visita. Aos que ainda têm dúvidas ou não acreditam na traição dela, continuem. Vou explicar por cima, não espero ninguém concordando. Primeiro, acredito nisso porque dou um braço dizendo que ela jamais traiu o Bentinho. Por que? Desde o início da história ele dá sinais de ser a pessoa mais insegura, psicologicamente perturbada e perdidinha e isso nitidamente aumenta, assim como a beleza da mulher dele, com o tempo e chega a enlouquecer o pobre Casmurro. Sendo uma militante fervosa da não traição, acredito que eu e essa bela moça, diga-se de passagem chamada Dona Elza, temos algo em comum com a Capitolina. Somos julgadas de forma errada, diversas vezes, por pessoas que fazem diferença para nós. Além de já termos provocados ciúmes em pessoas, sejam elas pais, irmãos, namorados. Talvez não na mesma proporção, talvez sim. Continuando meu argumento, nós duas já fomos elogiadas pelos belos olhos (os delas descaradamente mais bonitos e iluminados que os meus) e até na saída de um bar (minha xará não me deixa mentir) um louco veio me dizer que eu tinha os olhos mais bonitos do Paraná- "e olha que eu já andei nove estados". Não sei qual é o sentido dessa continuação até hoje,mas isso embasa minha teoria sobre nossos olhos elogiáveis. Talvez não de ressaca como os da personagem, mas igualmente bonitos. Também talvez não de cigana oblíqua e dissimulada, se bem que nós sabemos ser boas atrizes.Assim como Capitu, ficamos derretidas quando passam as maõs pelos nossos cabelos, meio morenos, meio loiros. Somos cativadas e cativamos nossas sogras a ponto de manter uma amizade com elas, mesmo quando não são mais sogras. Por último e mais importante, digo que temos um "que" de Capitu pela parte do livro onde Bentinho diz "Capitu era mais mulher do que eu era homem". Modéstia a parte, está no sangue. Dona Elza sempre foi mais macho que muito homem, assim como Ana Luiza,conhecida como a mamãe dessa que escreve e consequentemente eu e até a Rafaellinha já apresenta sinais. Vamos mais além mesmo quando acreditávamos que não seríamos capazes. E temos orgulho disso. Somos capazes, determinadas, mulheres de peito( sem piadinhas), chegamos a ser obstinadas. E temos um fraco por homens meio meninos, muito menos homens do que nós somos mulheres. (Por favor, não se ofenda se tu vieres a ler isso e já tiver tido algo comigo. É tudo culpa da genética, te juro. De qualquer forma, desculpa.) E assim sofremos falsos julgamentos, semeamos dúvidas e seguimos buscando o que nos move: amor. E é essa minha teoria. Não espero que concorde ou aprove. Só que perceba quando tiver uma mulher Capitu inside (isso ficou meio intel inside) e não deixe ela fugir, senão a saudade é eterna. Eu que diga.
(ouvindo cinquenta mil vezes Elephant Gun- Beirut, é da trilha da minissérie e vale muito a pena)
(eu sempre achei que o Bentinho tinha uma queda pelo Escobar, alguém concorda?)

domingo, 30 de novembro de 2008

Inter peace.


Então é Natal...ou quase isso. E todo esse clima natalino de não brigar com as pessoas e de renovação de esperança volta a tomar conta dessa que vos escreve. Não sei se pela herança/trauma familiar de ter que tratar os priminhos bem senão "não ganha presente" ou se por eu realmente ter sentido que essa época do ano me traz algo bom. Nos últimos tempos, venho pensando bastante na tal "paz interior". Não sei definir o que é realmente, mas, pra mim, é aquela sensação de bem-estar, dever cumprido que só eu posso proporcionar a mim mesma. Andei procurando sobre isso e descobri que para se alcançar a paz interior é necessário, em primeiro estágio, o auto-conhecimento. Tá,admito não foi nenhuma descoberta fenomenal, mas me fez pensar. Até onde eu realmente me conheço? Eu sei que eu sou pisciana, pelo dia e mês que nasci, sei que sou perfeccionista ao extremo, determinada, obstinada e não tolero injustiças. Sei que tenho um metro e cinquenta e quatro e meio e vários quilos (mal distribuídos). Sei que ponho a mão, o braço e o corpo inteiro no fogo pelas pessoas que eu confio, poucas mas boas. Venderia a alma pelos meus pais e não falo palavrão na frente deles(o que parece ABSURDO e MENTIROSO,mas é verdade). Não sei exatamente qual é meu feriado favorito,sempre fico em dúvida entre a Páscoa e o Natal. Não sei a cor exata do meu cabelo. Não sei se continuo essa faculdade, não sei qual eu faria se largasse. Adoro velocidade, detesto enrolação. Sei inglês, me viro no espanhol e definitivamente não sei tailandês. Sei que viajo dia 20, espero que volte dia 10, mas nunca se sabe, né? Sei que dirigir cantando com o vidro aberto me faz muito bem, mas sei o perigo que gero pras outras pessoas. Sei que falo muito e rápido, sei que ando rápido e melhor de salto do que sem ele. Sei que prefiro peixe a carne, vinho a cerveja e coca light a normal. Não sei se roubaria se alguém que eu amo estivesse passando fome. Sei que eu tenho mais ou menos 265 pintas. Sei que sou mimada, faço dengo e manha mas sou muito mais macho do que muito homem quando precisa. Sei que amo o calor e o sol,mas estou aprendendo a gostar do frio. Sei que sou, lá no fundo, uma sonhadora incurável. Sei tudo isso e mais várias coisas, mas não me conheço por completo, talvez por falta de experiências, talvez por excesso. Mas me conheço até aqui, melhor do que ninguém. E você, até onde você se conhece?

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

várias conclusões confusas.

Eu sempre achei, ou acreditei,que o amor era capaz de me curar. Não digo esse amor de família ou o de amigos, digo amor homem-mulher. Eu sempre acreditei, no começo de cada "possível amor" que esse seria aquele que ia me curar do vício por sapatos, dos ataques de riso no meio da noite, das baladas sem nenhum propósito, da ressaca física e moral, de passar frio só pra exibir belas pernas na balada, das manias absurdas.Eu sempre acreditei que o amor, não me pergunte porquê, me curaria das minhas angústias, me faria parar de discutir com qualquer um que ache que a Capitu traiu o Bentinho,me traria um bom-humor eterno que me faria acordar com um sorriso estampado na cara mesmo as seis da manhã de um dia frio de Curitiba. Eu acreditava que o amor era capaz.
Eu acreditei nisso,pelo menos, umas 5 vezes. E nada. Esse amor tão intenso que nunca acabaria e que me faria esquecer, abstrair e até perder todas as minhas manias, meus problemas e meu lado "ruim" insistia em não se concretizar. Cheguei a cogitar a hipótese de que não era amor, de que o tal amor perfeito viria e então tudo seriam flores.
Então, desisti.
Desisti de acreditar que ALGUÉM iria me "salvar", passei a acreditar que isso era função pra mim mesma. EU devia parar de ler um livro em um dia só, EU devia parar de ser viciada em sex and the city, chocolate com amêndoas e sapatos. EU devia pagar minhas contas, dirigir meu carro, assumir as consequências dos meus atos. EU devia fazer planos pra mim.O único problema dessa filosofia auto-suficiente foi que eu passei a não esperar NADA dos meus relacionamentos, comecei a deixar acontecer. Já que eu mesma resolveria todos os meus problemas e a pessoa só pegaria a parte "boa", pra que colocar expectativas nela? Pra que acreditar que ela me traria algo diferente/bom/relevante?
O problema virou a solução.
Quando você deposita muita expectativa em algo, a chance de se decepcionar é imensa, quando você não tem nenhuma, o que vier, é lucro. Não, não tô dizendo pra todo mundo parar de ter expectativas. Expectativas são ótimas, mas quando são dentro da realidade. Esperar que outra pessoa faça algo por você que só você mesmo pode fazer,chega a ser história de conto de fadas. Como eu baixei as expectativas(falar que eu não tive/tenho nenhuma seria uma mentira deslavada, os que me conhecem sabem que eu sou do tipo dreamer),comecei a aproveitar mais. Percebi que as pessoas que se envolvem comigo não mudam propositalmente meus defeitos, muito pelo contrário, alguns nem acham defeitos e aproveitam que eu seja assim, mas eu me transformo sozinha, a partir do envolvimento. Não existe relacionamento, de qualquer tipo, que não te traga nada. Nem que seja uma decepção, nem que seja um "friend with benefits", "fuck buddy", algumas boas recordações, belos saptos e lições pra vida inteira. Cada um que passa na minha vida, pode até vir sem nada, mas jamais vai embora sem deixar nada e sem levar um pouco de Lígia pra si.
A verdade é que amar não é "construir" ou "reformar" alguém. Depois de tantos anos, eu entendi que amar é ter a liberdade de ser e se construir e se reformar por vontade própria. Amor é o que acontece por acaso, sem expectativas, por obra do destino,da própria pessoa ou pelos dois juntos. Amor é sentir que o outro é perfeito, não totalmente perfeito no sentido sem defeitos, mas perfeito pra você, mesmo com defeitos,manias e uma coleção de sapatos.(que nem é tão grave assim,tááá?)

=*

domingo, 5 de outubro de 2008

Bachelorette?

Eu ODEIO The Bachelor. Eu já vi milhões de temporadas, admito, com todos os tipos de "solteiroscobiçadosmaravilhosos" possíveis e eu até achava engraçado o nível patético das concorrentes, mesmo sempre umas 6 sendo "public relations."
Dessa vez, perdeu a graça. Me irritou,na verdade.Deixa eu tentar explicar: dessa vez, o cara,um tal de Lorenzo, que até é bonito, é um princípe,DE VERDADE,e elas ficam lá, louquinhas, chorando e se estapeando pra viver um "conto de fadas" com o "príncipe encantado". Ah fala sério, me xingue por gostar de Gossip Girl, mas me xingue mais ainda por ter perdido tempo vendo isso.
Primeiro que chega a ser ridículo um monte de mulher, 90% loira, com casa-filhos-emprego, largar tudo pra mostrar o desespero e a necessidade na televisão, por um "príncipe." Eu não consigo entender o que tem de tão bom nisso.
Claro, sem hipocrisia, é muito legal ser um príncipe, mais ainda namorar um, eu imagino, mas aquelas pessoas parecem crianças bobinhas acreditando que a fada madrinha vai aparecer e dar chapinha,maquiagem e tcharan, elas vão ser felizes para sempre.
Tá,isso nem é o que mais me irrita, o que me irrita é que elas REALMENTE parecem acreditar e agir como se o Lorenzo fosse o amor da vida delas.
Depois surgem mil comunidades no orkut e gente reclamando que o amor tá BANALIZADO. Mas é óbvio que tá, você vai num programa pra arranjar o amor da sua vida?
Olha, independentemente da sua necessidade, não faz isso, sério. Primeiro porque, vamos e venhamos, a chance de ele ser o amor da sua vida é próxima de zero.Depois porque a humilhação acabará com as suas chances com todos os outros prováveis amores da sua vida. (pelo menos eu ia rir demais e tipo TOTALMENTE dispensar alguém que já tivesse participado disso, por mais príncipe que ele fosse).
Ah,entrando no mérito príncipe, o cara pode até ser realmente um príncipe,mas PRA MIM, tá longe de ser príncipe encantado. Aquela cara de certinho, todo aquele romantismo e aquelas mil rosas realmente não me encantam. Além de que ele beija todas,todos os dias e todas as horas e elas são amiguinhas. E é isso que me faz odiar mais o The Bachellor, parece que o príncipe de todas é exatamente igual: loiro, olho claro, dá rosas e pronto, tá ótimo. Você tem um desse? Bom pra você, é o que todas querem e você pouco se importe que ele pega suas amigas, fique feliz e pronto.
Bom,talvez você nem tenha lido até aqui, realmente, não se dê ao trabalho, mas o que me enlouquece é toda essa "necessidade" generalizada de amor. Essa banalização louca sem nenhum freio. Sortuda não é a ganhadora do The Bachelor que vai casar com o príncipe. Sortuda é a menina que percebe que seu conceito de príncipe é bem fora do convencional. Sortuda é a menina que mesmo sabendo disso, encontra seu príncipe sem nenhum programa de televisão.Sorte é quando alguém percebe que ama outro alguém. Sorte é quando tudo isso acontece sem ninguém precisar se intrometer. Sorte é quando duas pessoas se encontram e percebem que não é só uma competição. Sorte é perceber que os joguinhos acabaram.Sorte tem uma pessoa que pode dizer que ama outra que conheceu no dia a dia. Sem câmeras, sem realeza,sem milhões de rosas e castelos, mas ainda assim com todo clima de conto de fadas, só que melhor:na vida real.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Sobre amigas de infância.

Elas conhecem meu lado B como ninguém mais e me perdoam por ele, o que não quer dizer que elas apoíem. Ficam felizes por me ver feliz, mesmo sem concordar com o motivo da felicidade, riem dos meus vícios e das minhas piadinhas cretinas, além de incorporarem em seus vocabulários minhas expressões.
Elas são capazes de me ligar só pra dizer que estão com saudades, pedir desculpas por não ir embora comigo ou brigar porque eu "esqueci" de contar a novidade, nem tão novidade assim, pra elas. Se eu choro, choram comigo, tentam me animar, falam palavras fofas e arranjam apelidos que variam de animais a guitarras famosas. Se eu falo, elas me ouvem com uma paciência de Jó. E quando elas falam? Usam as palavras certinhas.
Por essas e outras é que eu não me vejo sem minhas amigas de infância, ainda que as vezes a gente fica sem se falar por dias. A nossa comunicação é quase telepática, é maior do que palavras. Acontecem transmissões de pensamento, prevemos o que vai acontecer com a outra. Parece que sentimos quando uma precisa da outra. Somos diferentes e iguais. Nomes iguais, vontades iguais, roupas iguais, opiniões iguais. Alturas diferentes, jeitos diferentes, apego pelo romantismo em formas diferentes, signos diferentes, cursos diferentes. E funciona,mesmo assim. Até quando a gente se desentende, a gente se entende. Eu adoro sertanejo, ela odeia. Eu sou gordinha, ela é magrinha. Adoro minhas pernas, ela não mostra de jeito nenhum. Morro de medo de dirigir, ela já é pilota. Ela é do litoral e veio morar aqui, eu sou daqui e quero morar no litoral. E nesse mundo tão estranho, o conceito de tempo é relativo.
Eu, por exemplo, conheci minhas amigas de infância quando eu já era bem "grandinha (isso todos sabem que eu não sou até hoje,mas vocês me entenderam...) Uma, numa viagem inesperada, pra um programa global, que gerou a maior amizade que existe. Outras, num trote sujo e nojento. Outras no cinema. Outras? Eu tive por perto por tanto tempo e só notei depois.
Eu tento, juro que tento, me imaginar sem elas, mas não teria sentido. Nem o mundo, nem eu. Elas são co-autoras da minha história de vida, me ajudam a inventar quem eu sou, seja de mentirinha na balada, seja de verdade na vida. E é por isso que amigas de infância devem ser tratadas a fondue, cafés da manhã na Requinte, Batel Grill e sopas. Por elas, eu carrego água na peneira. Porque amigas de infância não precisam chegar na infância. Chegam no tempo certo e sem fazer alarde. E ocupam o cargo de eternas.

domingo, 24 de agosto de 2008

Por que?


Eu andei pensando por que as pessoas insistem em envolvimento. Não é bem mais fácil evitar? Sem envolvimento não existe briga, não existe decepção, choro, tristeza, gente consolando. É simples, vai , faz o que tem que fazer e vai embora. Sem envolvimento. Audácia minha tentar descobrir porque as pessoas se envolvem? Melhor, pra variar, pensar em mim.

O real motivo porque eu me envolvo com as pessoas é simplesmente a possibilidade de fazer feliz. Fazer o outro feliz e deixar o outro me fazer feliz, abrir as portas da minha vida para o outro conhecer totalmente.Ou parcialmente. Depende de quem for o outro. Se for pra eu ME fazer feliz, eu vou no salão, faço compras, como chocolate ou danço a noite toda. A diferença crucial é a durabilidade dessa felicidade. Curto prazo,eu diria. A conta do cartão, as calorias e tal ressaca moral pesam mais.

No fim, a felicidade que eu proporciono para mim mesma é boa e essencial, mas não chega a 1 % da felicidade compartilhada. Aquela que me faz conversar com os mais diferentes tipos de pessoas. Pessoas que ,à princípio, não tem absolutamente nada a ver comigo mas que o tempo torna indispensável na minha vida.

O tempo que até nos torna insuportavelmente IGUAIS? O tempo que nos faz ver que as pessoas não mudam,feliz e infelizmente. Elas continuam fumando, matando aula, tendo ciúmes, gostando de Belo, sentindo saudades, esquecendo o bom senso e vergonha na cara em casa...

O tempo que me faz acreditar ainda mais que o meu grande ídolo estava certíssimo quando disse:
“Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho.”

Amor de homem-mulher, amor de amiga, amor de família. Amor que nos faz brigar, chorar, xingar, ter ódio, raiva e saudade no mesmo instante. Amor que te faz desistir de tudo, inclusive do amor. Amor que nos faz mover montanhas pra fazer o outro feliz.

Feliz como ninguém mais faz.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

não vale a pena ler.

Eu tô lendo três livros ao mesmo tempo, todos do Vinícius. Não é novidade que eu amo ele, é? Enfim, esperei que fosse me surgir uma inspiração lendo tanta coisa bonita. Doce ilusão. Fui no salão quinta passada e li uma revista inteira em meia hora, alternando as mãos pra não borrar o esmalte. Aí li uma coisa muito bonitinha e muito realista, que eu queria MESMO ter escrito. Aí resolvi misturar o que li com coisas minhas e saiu isso. Eu odiei, mas paciência, uma vez me disseram que pior que odiar o que escreveu é não deixar os outros odiarem quando lerem. Então tá, enjoy e odeie você também.

O homem ideal me dá colo mas não me faz dependente de seus carinhos e cafunés-ao contrário, me incentiva a transpor problemas e encontrar soluções. E ri da minha falta de capacidade pra esportes. Tem a rara habilidade de saber ouvir e dizer o que é necessário, bom ou a dura e intransponível realidade. Mas diz tudo com calma, escolhe palavras sem magoar mas ao mesmo tempo sem me enrolar. Compreende a diferença entre estar presente e fazer companhia e prefere ficar sozinho a estar de alma ausente. Liga quando eu menos espera, fala o que eu mais quero ouvir e me deixa com ele, mesmo quando está longe,o tempo todo. Não é prolixo, como eu sou, nem tenta impressionar, mas impressiona, por isso é deliciosamente verdadeiro, simples e interessante, além de me fazer me sentir inteligente/ignorante. Entende que preciso da sensação indescritivelmente libertadora de sumir por algumas horas para depois desejar estar de volta para ele. Ri da minha ansiedade e faz piadas com a minha (pouca) timidez. Não exige a todo instante meu lado risonho porque sabe, como sabe de tantas outras coisas não ditas em sentenças ou discursos, que os dias negros fazem parte de mim. O homem ideal só me dá bronca quando eu abuso da minha independência ou como chocolate demais e depois reclamo do peso. Compra sorvete light e evita discussões posteriores, além de sempre falar "você tá linda" quando eu reclamo. O homem ideal canta. Não precisa ser afinado, tocar mil instrumentos mas sussura canções que, num dia qualquer, descobrimos ambos gostar. Também bebe. Meio pinguço, é daqueles que ficam charmosos de matar com um copo de vinho nas mãos. Gosta de dormir junto mas não suporta ficar agarrado a noite toda. O homem ideal não considera fraqueza, mentira, covardia ou tem vergonha de dizer que ama. Vive regido por sua consciência e, impulsivo, assassina a etiqueta e comete atos passionais. E nem por isso deixa de ser ideal. O homem ideal é imperfeito, numa imperfeição exatamente igual a minha.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

a little bit of romance.


Se eu pudesse,eu te daria o céu, o mar, as estrelas, o universo, o infinito. Te daria esses e todos os clichês. Te daria paz, agitação,sinceridade. Se eu pudesse, te daria meus cabelos, meus beijos e todos os meus olhares. Te daria meus sorrisos e meus passos ao lado dos teus. Te daria minha mão, pra pegar, olhar, opinar sobre o esmalte vermelho mas também pra me levar contigo pra onde quiser. Te daria meu lado menina e te emprestaria meu lado mulher, em construção. Te daria confiança, força, saudade, sonhos e a máxima vontade. Te daria minha voz rouca falando baixinho, pra só você ouvir. Te daria um lugar ao lado do meu,em qualquer lugar. Te daria frio, calor, arrepio. Te daria meu cheiro, meu sono. Um pedaço do meu travesseiro, um gole da minha vodka. Meus exageros,meus medos, meu apelos, meus silêncios. E se eu confiasse, um dia, te daria meu amor.

domingo, 13 de julho de 2008

Cheers!

Hoje,eu vou fazer algo que nunca fiz. Dedicar um post a alguém especial. Alguém que todos os dias chega feliz dando "bom dia", ou nem todos. Alguém que é tão doce e tão romântica, que nem parece que existe, parece que saiu de um filme bonitinho. Alguém que ama frio, casacos, alfaces e não admite,mas só tem cara de santinha. Alguém que eu nem consigo lembrar o porquê entrou na minha vida,mas que eu não vou deixar sair de jeito nenhum. Talvez seja culpa do JUCS, das aulas só com a turma de RP, do nosso jeito meio Gossip Girl ou Meninas Malvadas ter combinado tanto, mas de repente, nós nos encontramos. Primeiro nós duas, que já viramos uma, depois nós três, a terceira já enchendo o braço de pulseiras...e agora nós quatro, não podia esquecer da tartaruga parnanguara. Viramos irremediáveis, incessantes, inconstantes, inseparáveis. Antes, coleguinhas, hoje, amigas. E nada melhor que o aniversário de 19 aninhos de uma pra relembrar o quanto aquela faculdade seria chata sem vocês. Eliz, garooouta, parabéns, seja muuuito feliz e eu falo por todas, a gente sempre vai estar aqui por você. Love you,hottie. E hoje todos os brindes são pra ti.

ps: o quarto elemento NÃO é o Ariel.

domingo, 6 de julho de 2008

Posto que é chama...

Eu nunca fui boa com despedidas e términos. Não que um seja essencialmente ligado ao outro, mas em ambos, juntos ou separados, sempre fui um péssimo exemplo. Desde bem menor, chorava até não poder mais quando tinha que largar algo ou alguém, ir embora do Tistu ou da festinha da amiga. Dizer "tchau" nunca foi fácil, então eu procurei me prender de alguma forma a qualquer elemento de absolutamente tudo que eu me envolvo, pra sempre ter uma conexão. Funciona, acreditem. Com situações, sapatos, festas, bebidas, mas não com pessoas. Sim, você pode se prender em lembranças, algo material ou simplesmente na sua vontade, mas não adianta, final é final. Impressionante, dessa vez foi diferente. Não sei bem se pelo começo ter sido totalmente diferente, o final também resolveu ser. As lágrimas, sempre presentes, foram substituídas por sorrisos. A gritaria, os xingamentos e a promessa de "nunca mais olhar na cara", rapidamente trocados por palavras suaves, nem tão suaves e a promessa de cuidado, proteção. Talvez seja por maior maturidade, talvez seja por sentimento, talvez seja pela facilidade de dois comunicólogos se expressarem, perfeitamente, colhendo as palavras. O porquê real, hoje, não sei responder, mas sei que, de hoje em diante, o fim não é mais problema. Não pra mim.Não foi imortal, mas foi infinito enquanto durou.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Vacation.

Férias são um tanto quanto entediantes, pelo menos as minhas. Sabe o que é pior? Eu fico o semestre todo pedindo pra elas chegarem e quando isso acontece, eu reclamo da falta do que fazer. Não consigo ser aquelas pessoas que fazem esportes, começam dietas, trabalham e fazem cursos nas férias, infelizmente, então, leio milhões de livros e vejo milhões de filmes. E é isso mesmo que eu vou falar, de um livro que eu tô lendo.

(Jacque, não me xingue por ser Jabor)

Então, o livro é inspirado no filme e não o filme no livro, como normalmente. A propósito, a Fernanda Torres ganhou melhor atriz em Cannes pelo filme, que já é bem velhinho,tem uns 20 anos,se eu não me engano. Mas é do livro que eu quero falar: o próprio Jabor definiu o livro como "o diálogo de amor, com todas as artimanhas, os medos e a paixão com que hoje identificamos as DRs – “infinitas, mas no fundo, iguais”,mas cada um que lê se percebe nas mentiras, nas verdades, no que dizer e o que não dizer nessas horas.É romance, mas até as pessoas mais anti românticas gostam. É capaz de cativar os corações mais malandros. É real e é delírio, tudo ao mesmo tempo.Enfim, não adianta eu tentar explicar porquê gostei, mas vale a pena, mesmo. Mesmo que você nunca tenha dito uma DR, mesmo que você já tenha tido milhões.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Saudade antecipada.


Prova do Mário,trabalho da Desire, trabalho de rádio, fazer bandeirinhas, tudo na MÁXIMA correria, apesar de ser a última semana,caso o Mário me livre da final.
E o fim da nossa gestão do CACOS, aquela que mesmo aos trancos e barrancos, sobreviveu até o último segundo. Parece estranho, afinal, eu vivia reclamando, mas eu vou sentir saudades disso. Das reuniões, das discussões na lista (e fora dela né Pizzolo?),das piadinhas, das reclamações e de tudo que nos fez crescer, aprender e conhecer.Eu sei bem que não dá pra apagar os maus momentos,mas eu só vou levar comigo os bons, aqueles que me fazem sorrir e acreditar que (mesmo sendo substituição) valeu a pena. Posso dizer que aprendi que só te dão uma responsabilidade porque sabem que você pode cumprí-la e, acredite, na maioria das vezes, nem você sabe que pode. Amadurei, aprendi a controlar minhas reações, meu riso, meu choro. Aprendi,na prática, o que é CRISE, mais do que eu já tinha aprendido no JUCS. Aprendi o real valor da frase " a união faz a força"....mas aprendi, principalmente, que sejamos dois, quatro, seis, a menor gestão que já passou por lá, fizemos nosso melhor. Obrigada aos que acreditaram e duvidaram. Nos conhecemos bem, melhor, muito, até demais. (passamos do limite várias vezes nas piadinhas e brincadeirinhas né Pizzolo?)E, pra mim, é isso que fica. A lição de responsabilidade, de confiança, de esperança, de paciência,mas acima de tudo isso, de amizade.

Ah, a foto não podia ser em outra lugar, senão na vinhada.

sábado, 7 de junho de 2008

Friendship.


Ontem foi uma sexta-feira atípica. Eu e mais três pessoas que todo mundo devia conhecer dissemos NÃO à balada. NÃO à maquiagem, roupas, esquenta, pega fogo o cabaré. Dissemos NÃO até a um aniversário de uma pessoa muito querida e aos namorados.Resolvemos dizer sim ao cinema, casa de amiga, comidas, vinho e dvd. Programa de gordinha tensa? Não exatamente. O filme escolhido não podia ser outro, veio a calhar. Sex and the city,estréia. Minhas expectativas eram altas. Minha série favorita virar filme? É ÓBVIO que é bom. Admito que minhas expectativas foram superadas, não pelo roteiro do filme, pelo figurino maravilhoso e pela história(totalmente previsível)perfeita. Parece fábula, mas eu percebi algo maior do que a história de quatro amigas. Reconheci o valor dessa amizade, desse apoio, desse escudo, na vida. Não importa a idade:20,30,40,50. Não importa se o noivo te larga, se o carro não liga, se você não sabe cantar araketu,se você não sabe fazer sushi,se você chora na abertura, antes da metade do filme, na metade e no fim, se você ama,odeia ou acha o Mr. Big charmoso.Importa que, no matter what, elas vão estar do seu lado. Carries, Charlottes, Mirandas e Samanthas. Ou todas elas misturadas.Chorando, rindo, cantando, comprando sapatos, viajando com você pra sua lua de mel. Sex and the city ensinou, pelo menos ME ensinou, mais do que um inglês ótimo, marcas melhores ainda, sapatos perfeitos e homens totalmente imperfeitos. Sex and the city mostra o real valor da amizade feminina. Ao contrário dos críticos, que odiaram o filme, e dos desacreditados, que odeiam amizade de mulher. Não assista, se for pra criticar. Não acredite se não for pra amar. Ontem foi uma sexta-feira atípica, mas não devia ter sido. Devia virar rotina, tradição, promessa. E que venham os próximos cinquenta anos.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Fragilidade.

Eu não sei direito o que me impulsionou,realmente,a escrever isso. Não quero parecer desesperada, pessimista ou qualquer coisa que eu não sou, só quero contar. Talvez você já saiba, talvez ache tudo isso inútil. Eu quero contar da mesma forma. Quero te falar sobre a fragilidade das coisas. Como eu já disse uma vez, se eu pudesse dar um único conselho, não seria "use filtro solar" nem nada do tipo, seria : perceba a fragilidade das coisas. Não me refiro a coisas como objetos, mas coisas como um todo. Os momentos, as pessoas e os sentimentos são tão delicados que qualquer atitude pode, de repente, transformá-los em nada.E arrependimento não mata, nem leva a nada.
"Bobagem!", você diz, ninguém é nada, nenhum sentimento é nada, nenhum momento vira nada. Pare e pense quantas vezes você se viu na tal "felicidade plena". Parece ironia,mas é sempre depois dela que acontece algo catastrófico, algo capaz de transformar em...nada. O grande problema é que eu, já cansada de saber disso, ainda não aprendi. Não aprendi a valorizar os pequenos momentos, as grandes pessoas e os sentimentos imensuráveis.
Dizem que amor verdadeiro nunca acaba. Discordo. Amor começa com paixão, cresce, amadurece e um dia acaba. Sem generalizar, já generalizando.
Dizem que pessoas realmente especiais nunca são indiferentes, obviamente por serem especiais. Dizem que por mais que vocês briguem, se xinguem e haja muita mágoa, nunca é nada. Se fosse, você nem se sentiria mal pelas brigas.
Dizem que não existe jeito de esquecer o que passou. Existe sim e eu não proponho em soluções alcoólicas, embora essas sejam bastante eficazes. Existem momentos que simplesmente desaparecem da sua mente, não por vontade, não por algum motivo, simplesmente, desaparecem. Um dia, você se pega dizendo "Nossa,eu nem lembrava disso!".
Eu nunca fui muito boa com coisas frágeis, deve ser por isso que nunca aprendi. Sempre acreditei, fielmente, que a maturidade devia me trazer alguma coisa que me faria aprender. Não trouxe. Só me resta uma conclusão: ou me falta maturidade ou eu faço parte das coisas frágeis.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Então,me rendi.

Abandonei a vida fotologger. Mas quem disse que eu consigo ficar longe disso? Me rendi ao blog.
Não garanto nada bom, periódico, meu ou original.
Só muitas coisas que eu amo e odeio.
=*