domingo, 19 de julho de 2009

oldie but goodie.




O tempo é cruel, mas a idade é pior ainda. Quando a gente tem 10, sonha em ter 15. Com 15? Quer 18. Com 18? Quer 20. Com vinte, começa a querer diminuir. Talvez eu esteja realmente velha. Velha a ponto de me stressar em baladas muitos cheias, achar absurdo “o jeito que é essa pegação hoje em dia” e JURAR de pés juntos que no “MEU TEMPO” não era assim.
Mas será que eu tô tão velha mesmo ou será que as coisas realmente mudaram? Por favor, maiores de 18 anos, me ajudem. Será que nos nossos tempos de Cabral Young todo mundo pegava todo muito, incluindo pegas realmente fortes tipo second base? Não. Aliás, até onde eu lembro, não vendiam bebida alcoólica nesses lugares e...ninguém sentia falta e vivia lotado; ou era impressão minha?
Nos nossos tempos de festas de 15 anos, todo mundo usava terno e vestidos e, bom, com quinze anos, era isso que a gente fazia, né? Festas de quinze anos, nada mais. Não pegava bem sair ficando com muitos meninos da mesma rodinha, quando alguém ficava com um, normalmente se estendia para a próxima festa(no dia seguinte, provavelmente) e não existiam porres históricos. Quer dizer, ninguém era super acostumado a beber então pouco já deixava alergrinho. Mas eu ouvi dizer que hoje em dia “esporte fino” quer dizer pólo e calça jeans e vestido “euesquecidecolocarcalça”. Até onde eu sei, esporte fino é ESPORTE FINO, vestido não precisa ser longo e não precisa de gravata, that’s all. Será que tudo mudou tanto e passou tanto dos limites que nem a ETIQUETA FASHION é respeitada? Não que eu não ame pólo, pelo contrário, eu sou uma huge fan de pólo, mas ela fica melhor na Woods. Eu prefiro não entrar no mérito alcoólico (até pq eu não tenho muita moral pra falar), mas se com 15 já se bebe e fuma e pega tanto, imagine com 30?
Talvez eu esteja realmente velha por me impressionar com pessoas de 16 anos na balada (Viva a identidade falsa!) fazendo tudo que eu faço com 20 (e coisas que eu não faço) em escala muito maior, talvez realmente essa “juventude esteja perdida”, talvez minha indignação seja por eu deixar de aproveitar por me irritar com eles, mas será que o tempo é tão malvado assim que quando você começa a pensar em casar (e se desesperar por não achar ninguém), automaticamente você se torna velha (e chata)? Será que é melhor sair e se achar muito nova para o local (nunca aconteceu com você? Experimente o bar PAPO FURADO) ou muito velha (Tente a Seven)?
No primeiro, você vai rir, te garanto, mas só no começo. Vai achar divertidíssimo ver aquele tiozão curtindo os sucessos dos anos 80, até ele achar que você é o sucesso da noite. Vai beber uma, duas, três cervejas e começar a achar que sua mãe devia ir no bar, vai pensar porque você não foi naquela aniversário da ex namorada do seu ex melhor amigo e quando for 2 horas, você vai embora, jurando nunca mais voltar.
Na segunda? Você vai achar divertidíssimo ver os meninos dançando de forma estranha, vai rir daqueles que fumam (sem tragar) e acabam tossindo, vai rir quando ver o amigo do seu primo que faz cursinho te olhando, mas odiar quando ele vier te perguntar se não era você que era amiga do irmão dele que casou(!) mês passado. No fim, não importa quanto você tenha bebido antes de chegar lá, não importa que seja o DJ do Jay Z, só vão ser 2 da manhã e você vai se irritar com as meninas semi nuas e ir embora, se arrependendo por gastar os saltos da sua sandália favorita.
Meninas semi nuas sempre existiram e sempre existirão. Playboyzinhos que acham que são gente fumando sem tragar também. Mas ou a coisa perdeu o limite ou eu realmente fiquei velha demais pra essa brincadeira e nova demais pro “papo furado”. Eu prefiro acreditar que é a primeira opção, apesar de usar ácido anti rugas e protetor solar todos os dias. Eu preciso acreditar que a “nova geração” podia tirar o pé do acelerador e aproveitar mais essa fase, gostar de Jonas Brothers e Hannah Montana, usar bastante tênis e moletom e beber pouco, senão, quando eles tiverem 20, o fígado e a moral já vão ter deixado de existir e a vontade de resgatar os tênis e o moletom vão chegar à beira do ridículo, porque só existe uma coisa mais ridícula do que usar sapatos anatômicos/ beges /cores que "combinam com tudo" : velhos querendo parecer novos.
Afinal, crescer é , dentre várias coisas, perceber que sapatos combinam mais com você( e suas roupas) do que tênis e, quem dera, até seu pé concorda com isso.
Crescer é agregar a si mais responsabilidades: emprego, família, amigos, namorados, ex- namorados, faculdade, multas do DETRAN, faturas do cartão de crédito. Crescer é perceber que não é que você não possa ligar bêbada pro seu pai te buscar às 3 horas na balada, crescer é perceber que você tem que levantar, comprar uma coca, pegar um táxi e deixar sua família dormir em paz, afinal você é responsável até pelos seus porres.
Turns out, que os 20 e poucos anos acabam sendo mais confusos que os 15 e talvez por isso a gente queira tanto voltar a eles, mas como não dá, fica pensando em casar e se desesperando por não ter noivo. No fim, o tempo pode ser até cruel, mas cada idade tem a sua loucura (a minha é realmente achar que eu tô velha com 20 anos) e a sua delícia. O grande desafio é saber aproveitar os dois lados de cada uma - seja com saias curtas, seja com moletom cor de rosa.
Samantha Jones já diria: When you're young, you can have a nice ass, but u dont know how to do anything. When u get old, u learn how to shop, talk, fuck and say goodbye after all. And about your ass? Pilates.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

About me.



Eu andei pensando, tá mais do que na hora de eu escrever mais sobre mim nesse blog. O problema é que myself não é algo que eu saiba dissertar de uma forma muito boa. Mas vamos tentar...


Lígia? É, Lígia, igual a música, sabe? É Tom Jobim...


É, já me disseram que parece que tenho 15, talvez por isso eu me encha de rímel preto pra parecer que realmente tenho 20.


Adoro sol, adoro calor, adoro praia e pernas de fora. Frio me tira do sério. Me deixa de mau humor.


Romance? Não, por favor. Eu prefiro dispensar essas coisas que não são reais, essas flores toscas e esse cartão que tu copiou da internet, prefiro gostar e acreditar que o romance vive nos pequenos gestos, nas atitudes do dia a dia.


Olha, eu já fui bem mais baladeira, mas continuo não dispensando uma boa Woods. É, eu sei, já devia ter cansado né? Mas...


Eu tomo vodka, sim. Tomo vinho, champagne, whisky, cerveja e coca light de manhã. Não, não álcool de manhã, coca! Ah, tu não vai me enxer por isso, né? A regra número 2 pra isso dar certo é tu me deixar tomar coca de manhã sem falar que vai me fazer mal, tudo bem pra você?


A regra número 1? Suma de vez em quando, não grude em mim, me deixe sentir saudades, seja presente mesmo ausente. Difícil? Not really.


Trabalhe seu lado cafajeste, fale besteira, me convide pra ver jogo, saia sozinho. Mas volte dizendo que você gosta de mim tanto quanto gosta de cerveja. Olha, não tente, não se esforce pra eu gostar de você tanto como eu gosto dos meus sapatos ou do Grêmio, talvez assim, eu REALMENTE goste tanto quanto, ou até mais.


Não precisa ser apressadinho, mas não seja tão devagar que me dê vontade de dormir. Não grita comigo senão eu revido, não conte piadas sujas do Michael Jackson, não fale mal do meu time, senão eu falo mal do seu. Minha educação depende da sua.
Por mais que eu fale mal do meu nariz e das minhas pernas sempre, sempre discorde. SEMPRE.


Não opine no jeito que eu dirijo, não fale mal das minhas amigas, não seja esportista demais.


Viaje, beba, coma, fume, sofra antes de me conhecer. Tenha histórias pra me contar e deixa contar as minhas, por favor? Eu sei que eu falo demais, mas é sempre sinal que eu estou gostando da conversa.


Me deixe surtar quando o carro estraga, me deixe sozinha, me deixe gastar 2 horas escolhendo a cor do meu blush. Não me obedece sempre, eu gosto de ser contrariada, me dá vontade pra ser melhor. (Mas me dá colo quando eu chorar, combinado?)


Não minta pra mim, nem pros seus pais. Não omita, eu descubro. Se eu omitir? Foi por uma boa causa, não me jogue na cara. Eu sou dissimulada se precisar, se acostume.


Não goste de tudo que eu gosto, mas não prefira filmes de medo. Me convide pra um vinho em plena quarta, lembre que quinta-feira é o dia que eu vou no salão e não ache que unha vermelha é coisa de biscate.


Ria dos meus machucados e dê beijinhos pra curar. Eu vivo caindo e me batendo e eu s-e-m-p-r-e vou culpar a miopia (mesmo com lente).


Não acredite em tudo que você vê na Interner, não se baseie no Jornal Nacional, mas me deixe ler minha Gloss em paz. Divida comigo o caderno de Esportes num domingo de manhã (13 h). Não me ligue de manhã. Atenda se eu te ligar de manhã. Mas nem sempre, não esteja disponível.


Goste de futebol, goste de ver jogo, em casa ou no estádio. Não precisa gostar do Grêmio nem odiar o Inter. Pode ser atleticano, pode ser coxa, mas ame seu time. Saiba as músicas, a escalação, saiba torcer e se finja atleticano pro meu pai. Ou pelo menos vá no jogo com ele.


Não venha querer dar uma de meu pai, de meu filho, de meu irmão. Seja você, independente do papel que você está ocupando pra mim.


Não me peça pra tirar o piercing pra me apresentar pra sua família, nem pra usar sapatos ortopédicos porque eu vivo reclamando de dor. Não fale um A dos meus sapatos, entendido? A não ser que sejam elogios...


Mudo de humor de acordo com o sol, com as notícias, com o episódio de Sex and the city. Não precisa entender, nem respeitar, só fique longe (ou perto).


Ria comigo, seja parceiro. Queira ir pra praia mesmo no frio, dançar samba, comer chocolate de manhã.


Me deixa pular no seu colo e vá mais pra trás quando eu disser "Mais longe". E óbvio, me segure.


Minha mãe adora Robertos Carlos e se acha jovem, meu pai adora cozinhar e é extremamente piadista. Minha família tem bebês a cada cinco minutos e todos são meus amores, desde a minha cópia em miniatura até a bebê de dois meses.


Entenda que eu quero casar. Entenda que eu quero ter filhos. Entenda o que a minha profissão faz, por mais difícil que isso seja. Entenda que eu sou nerds, cdf e workaholic.


Me deixe comer mousse de chocolate em paz. Coma carne.


Tenha defeitos. Erre letras de música, marchas, erre em provas, erre no curso que você escolheu.


Me deixa perceber que você é tudo que eu pensava que você era. Ou totalmente o contrário.


Minhas amigas vão saber de ti, tu vai saber delas. Seja piadista, mesmo que sejam piadas cretinas. Se eu gostar de ti, elas vão gostar, não precisa fazer esforço.


Eu sou ciumenta, sim, mas nem tente ser o tanto quanto eu sou. Ciúme é bom em alguns casos, mas na maioria só estraga tudo. Eu odeio ciúmes, principalmente quando sou eu que sinto.


Entenda que eu adoro casais que estão a anos juntos, adoro alianças, adoro filmes de amor, mas que nem sempre isso quer dizer que eu queira tudo aquilo.


Pra me entender, não adianta ler tudo que eu escrevi aqui, não adianta ler todos os meus textos. O que eu posso dizer é que a minha pessoa favorita nesse mundo me define como “mulher no sentido bíblico” e que meu nome devia estar no verbete intensidade do dicionário , fora isso, fica a seu critério. Só tenha em mente que quem se define, se limita e limitação é DEFINITIVAMENTE algo que não combina comigo.



Boas férias =)