terça-feira, 12 de outubro de 2010

Waiting for butterflies.

Nossa,quantos mil anos eu não venho aqui. Até pensei em vir uma ou duas vezes, mas não tenho tido muito tempo livre.

Ontem, no meio da balada, eu ouvi "Você não acredita no amor, né?" Eu sei, quase certeza que era brincadeira, mas...será que eu já larguei mão dessa forma que dá pra ver na minha cara?
Não,eu ainda acredito. No amor, em homem, em toda essa baboseira sentimental. Pra mim, 'não acreditar' em homem é coisa de gente doente, que precisa se tratar. Vale o mesmo pra amor.

Eu sou,sempre fui, MOVIDA a amor. Amor pelo o que eu faço, amor pelo que eu quero fazer, amor pelas pessoas ao meu redor. Não, não vá acreditar que eu sou romântica, não sou. Aliás, detesto flores, mensagens apaixonadas, apelidos carinhosos. Uma atitude me ganha muito mais do que uma demonstração pública de afeto.
Mas, realmente, de um tempo pra cá, eu ando tranquila demais em relação ao AMOR. Não consigo atribuir a uma coisa específica.
Os mais tradicionalistas diriam que eu sofri pra cacete com o fim do meu namoro e por isso não quero mais.
Party people diriam que é porque tem uma festa atrás da outra: oktober, comunicabeach, handover, las vegas...
Aí as românticas rebatem: 'mas quando você ficar sozinha, vai querer um colo...'
Workaholic? Eu não tenho tempo. Trabalho 20 horas semanais em dois lugares, ou seja, 40. Faço faculdade, TCC. Mais ou menos 20 intercâmbios/sonhos de algumas pessoas são MINHA responsabilidade final. Preciso me formar no fim do ano.
Talvez todos tenham um pouco de razão. Eu realmente não tenho muito tempo. Eu realmente não quero me privar das parties. Eu realmente sofri.
Mas eu deixei de acreditar?
Deixei. Deixei de acreditar nessa forma pronta, clássica. Nesse conhece-paquera- fica- namora. Nessa procura eterna, não parar de olhar pro lado. Nessa necessidade extrema de ter uma aliança no dedo, um paquera prospectado.
Ainda quero casar, ter filhos, morar na praia e ter um quarto de sapatos.
Mas não acredito mais em promessas, palavras bobas. Não acredito em coisa fácil demais, absurda demais, simples demais. Gosto de complicação, gosto de ter que me arriscar. Vivo falando "aaah se eu acreditasse...", mas agora, tenho limites.
Virei egoistinha: não dou sem receber, não faço se não ganho em troca.
Isso não é relacionamento. Cobrar não é amor, fazer demais, se rebaixar, mover montanhas. Concessões tem sim que ser feitas, mas não de um lado só.
Agora, pra ser de verdade, vai demorar, vai ter que passar por algumas fases. Vai ter que me fazer querer a todo momento, todo mesmo, todos os dias, segundos, meses, semanas. Eu me recuso a qualquer coisa menor que isso.
Se for só pra ganhar colo, eu tenho minha mãe,meu pai, amigos gays.
Pra me fazer sorrir eu tenho minhas single ladies.
Pra me fazer feliz (ou não) tem o Grêmio, temaki, sapatos novos, chimarrão, crianças fofinhas.
Mas pra me fazer acreditar, de novo, precisa de mais que isso.
E não venha me chamar de exigente, eu só me encaixo naquele grupo que 'refuse to settle for anything less than butterflies.'

definitivamente.

2 comentários:

Eliz D. L. disse...

O blake me diz sempre "never settle down for anything less than what you deserve."

vc merece muito.
enqto o que merecemos num aparece, a gente vai se divertindo ;)

Colégio Zardo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.