segunda-feira, 4 de agosto de 2008

não vale a pena ler.

Eu tô lendo três livros ao mesmo tempo, todos do Vinícius. Não é novidade que eu amo ele, é? Enfim, esperei que fosse me surgir uma inspiração lendo tanta coisa bonita. Doce ilusão. Fui no salão quinta passada e li uma revista inteira em meia hora, alternando as mãos pra não borrar o esmalte. Aí li uma coisa muito bonitinha e muito realista, que eu queria MESMO ter escrito. Aí resolvi misturar o que li com coisas minhas e saiu isso. Eu odiei, mas paciência, uma vez me disseram que pior que odiar o que escreveu é não deixar os outros odiarem quando lerem. Então tá, enjoy e odeie você também.

O homem ideal me dá colo mas não me faz dependente de seus carinhos e cafunés-ao contrário, me incentiva a transpor problemas e encontrar soluções. E ri da minha falta de capacidade pra esportes. Tem a rara habilidade de saber ouvir e dizer o que é necessário, bom ou a dura e intransponível realidade. Mas diz tudo com calma, escolhe palavras sem magoar mas ao mesmo tempo sem me enrolar. Compreende a diferença entre estar presente e fazer companhia e prefere ficar sozinho a estar de alma ausente. Liga quando eu menos espera, fala o que eu mais quero ouvir e me deixa com ele, mesmo quando está longe,o tempo todo. Não é prolixo, como eu sou, nem tenta impressionar, mas impressiona, por isso é deliciosamente verdadeiro, simples e interessante, além de me fazer me sentir inteligente/ignorante. Entende que preciso da sensação indescritivelmente libertadora de sumir por algumas horas para depois desejar estar de volta para ele. Ri da minha ansiedade e faz piadas com a minha (pouca) timidez. Não exige a todo instante meu lado risonho porque sabe, como sabe de tantas outras coisas não ditas em sentenças ou discursos, que os dias negros fazem parte de mim. O homem ideal só me dá bronca quando eu abuso da minha independência ou como chocolate demais e depois reclamo do peso. Compra sorvete light e evita discussões posteriores, além de sempre falar "você tá linda" quando eu reclamo. O homem ideal canta. Não precisa ser afinado, tocar mil instrumentos mas sussura canções que, num dia qualquer, descobrimos ambos gostar. Também bebe. Meio pinguço, é daqueles que ficam charmosos de matar com um copo de vinho nas mãos. Gosta de dormir junto mas não suporta ficar agarrado a noite toda. O homem ideal não considera fraqueza, mentira, covardia ou tem vergonha de dizer que ama. Vive regido por sua consciência e, impulsivo, assassina a etiqueta e comete atos passionais. E nem por isso deixa de ser ideal. O homem ideal é imperfeito, numa imperfeição exatamente igual a minha.

5 comentários:

Piercarlo Caraballo Melatti disse...

pra que me descrever no seu blog???
podia usar ele pra escrecer coisas melhores!
hahahahahahaha

=P

brincadeira.
Muito bem escrito, como sempre.

bjos!

Unknown disse...

Ficou um lixo nada!
pra variar só um poquinho vc mando mtoooo bem !
e vale a pena ler SIM!!
beijos lily

Eliz D. L. disse...

Preciso mesmo comentar o que acho?
diria uma mistura de becky, mia e carie.
Resumindo, uma lígia em palavras!
beijos

Lilian Wiczneski disse...

Oi Lígia... Muuuuita coisa aí que acho que toda mulher procura. Mas são as diferenças nos gostos que tornam cada uma de nós diferentes, certo? E que fazem a gente se apaixonar pelos homens das nossas vidas - perfeitos na imperfeição deles.
Beijo, companheira de comissão de formatura!

PH disse...

Sei que ja comentei pra ti.
Mas essas palavras me impressionaram e me impressionam ainda, pois nao consigo não ler uma vez que seja por dia.
Palavras certas, na medida exata. Sem medo, sem pudor, sem vergonha de expressar.

BEijos de um lenhador.